Era um dos jogadores mais promissores da geração de 88 e fez toda a formação no Sporting. Na I Liga brilhou ao serviço do Penafiel, mas as lesões anteciparam uma decisão que apenas estava prevista para cinco ou seis anos mais tarde. Hoje em dia, João Martins é mental coach e diz-se completo por ajudar os outros a dominar a mente.
O mundo do futebol pode ser ingrato para quem está em final de carreira. Pode ser ainda mais ingrato para quem termina o seu ciclo de forma antecipada devido a questões físicas. João Martins foi um dos jogadores mais promissores da geração de 1988 que passou pelo Sporting, mas acabou por pendurar as chuteiras aos 30 anos depois de duas épocas recheadas de lesões.
O antigo médio, que representou clubes como Penafiel, Académico de Viseu, Naval ou Gil Vicente, acredita que a mente é o ingrediente essencial na construção de uma carreira estável e equilibrada. E não apenas no futebol, como em todas as áreas.
Em entrevista exclusiva ao Desporto ao Minuto, João Martins explica como passou de jogador a terapeuta e revela de que forma pode ajudar quem, que por um ou outro motivo, se encontra em situações de stress ou mesmo em processos depressivos.
Confiavam em mim e até me promoveram a capitão, mas quando a cabeça está noutro lado… Sente saudades do futebol?
Sim, claro que sim. Sinto saudades daquela adrenalina, do treinar, do jogo, dos adeptos, do cheiro da relva. Tenho saudades de olhar à volta e ver o estádio cheio. Dá sempre saudades…
As lesões foram o principal motivo pelo qual deixou o futebol?
Sim, em grande parte sim. Foi a causa maior que me fez abandonar o futebol. Além do desgaste físico, estava também muito desgastado mentalmente. Nas últimas três épocas em que joguei, sentia muito esse desgaste das duas partes. Já não estava a dar para aguentar. Quando as lesões graves começaram a surgir, nunca mais joguei. Nas últimas duas épocas não fiz um único minuto em jogos oficiais porque me lesionei em jogos de treino. Lesionei-me num jogo de treino e fiquei oito meses de fora. Passei pelo tratamento dos joelhos e quando recuperei a época já estava a acabar. Esse é o resumo das minhas últimas duas épocas.
Antes tinha brilhado no Penafiel…
Em Penafiel, na minha segunda época lá, quando descemos à II Liga ainda fiz alguns jogos, mas tive muitas lesões nessa altura. Tive roturas musculares, uma dos ligamentos cruzados e no tendão de Aquiles. Rasgou parcialmente e deixou-me de fora durante quatro meses. Depois jogava quatro ou cinco jogos e tinha uma lesão. E assim sucessivamente. Nos últimos anos tive lesões de todo o tipo. Curiosamente isso aconteceu depois de ter feito a minha melhor época a nível individual. No meu primeiro ano de Penafiel, em que estávamos na I Liga, fui eleito o melhor jogador do Vale do Ave, onde algumas equipas estão. Marquei oito golos e fiz 11 assistências na I Liga. Tudo previa que eu desse continuidade. Mas como tinha mais um ano de contrato com o Penafiel e eles tinham apostado tudo para voltar à I Liga, não me quiseram libertar. Inicialmente, fiquei lá um bocadinho contrariado porque tinha propostas da I Liga e mesmo do estrangeiro. Não me deixaram sair, e eu percebo o porquê. Confiavam em mim e até me promoveram a capitão. Mas quando a cabeça está noutro lado… Começaram a surgir esses problemas físicos. Estava num sítio onde me sentia contrariado e isso interferiu na questão mental. Tenho a certeza disso.
Se fosse hoje encarava essa situação de forma diferente?
Sim, claro. Se fosse hoje realmente agiria de forma diferente porque já percebia o funcionamento da mente, onde é que ela nos pode levar e o que é que nós alimentamos para nos sentirmos bem ou mal. Já tinha algum conhecimento, mas não tanto como tenho hoje. Se fosse hoje, essas lesões todas não aconteciam e encarava a coisa de forma diferente.
Retirou-se aos 30 anos?
Oficialmente aos 30 anos, mas o meu último jogo oficial foi contra o Famalicão em Penafiel em maio de 2016.
Lembra-se desse jogo como se fosse ontem?
Sim. Não sonhava que aquele seria o meu último jogo oficial. Tinha 28 anos e nada fazia prever que iria ter aquela lesão. Ficou-me na memória.
Como é que um jogador aos 30 anos lida com isso?
Foi um processo contínuo. De ano para ano, e de mês para mês, sentia que estava a chegar o momento de abandonar. Cada vez estava a sentir mais isso. Claro que custa porque eu tinha as minhas ambições. De um ano para o outro, passei de jogar ao mais alto nível em Portugal no meu auge para ter muitas lesões. Há um contraste muito grande. Surgiram estes problemas todos e precisamos de estar mentalmente muito fortes. Mesmo quando se está estável, custa sempre. Sempre ambicionei jogar até aos 35/36 anos. Sempre fui um bom profissional e estava sempre bem fisicamente. Tinha esse cuidado. Nada previa que aquilo acontecesse, mas aconteceu…
Como é que chegou até este papel de terapeuta e de mental coach?
Nessa altura inconscientemente até já fazia algumas coisas que faço hoje em dia. Mas quando as lesões começaram a aparecer comecei a estudar e a tentar perceber o porquê. Era um profissional cinco estrelas. Era dos primeiros a chegar ao balneário e dos últimos a sair. Fazia trabalho extra antes e depois do treino. Dava o meu máximo nos treinos e realmente não havia motivos para pegarem no quer que seja em relação a mim.
O que eu queria fazer após o futebol, eu não sabia. Mas tinha esta vertente destas terapias e destas estratégias energéticas. Já há algum tempo que eu tenho conhecimento destas áreas, mas era algo que nunca tinha explorado. As lesões fizeram-me começar a estudar as raízes de tudo isto. Foi aí que comecei a juntar as peças. A minha mente, o meu processo mental, não estava devidamente enquadrado com aquilo que deve ser um atleta profissional. Fisicamente tratava-me bem, mas mentalmente não. Foi isso que me levou às lesões. Quem não se trata bem mentalmente, acaba por ter doenças físicas. Não só no futebol. Há muitos processos depressivos. O próprio Iniesta deu uma entrevista após ter ganho o campeonato espanhol, a Taça do Rei e a Liga dos Campeões a confessar que teve uma depressão e que teve mesmo de tomar comprimidos.
Também há o caso mais recente do André Gomes…
Sim, esses foram alguns atletas que deram a cara daquilo que é uma face oculta que, normalmente, o futebol não mostra. O futebol mostra que toda a gente é muito forte. Há um lado oculto no futebol. Existem muitos processos depressivos e questões mentais a ser tratadas. Em Portugal não ligam muito a isso. Exigem muito fisicamente, mas mentalmente mandam os jogadores tratarem-se. Mandam, mas não tratam. Há clubes, mesmo aqueles com dimensão maior, que apesar de terem psicólogos não tratam o problema a começar na raiz. Não vão à causa. Depois os jogadores não produzem. Como se diz no mundo da bola ‘andam malucos’. O futebol é um mundo que precisa muito disto.
Sorridente e bem disposto, João Martins recebeu o Desporto ao Minuto na Art Fisic, clínica localizada no Montijo que conta com a vertente da reabilitação física e da nutrição, e na qual tem um gabinete. © Notícias ao Minuto
Neste momento, um futebolista deve ter 50% de saúde física e 50% de saúde mental?
Eu diria que deveria ter 80% de mentalidade. Se tiver uma mentalidade forte e a mente no sítio certo, a questão física vai estar bem. Quando a mente está bem, o físico também está bem. Agora se o físico está bem, mas a mente está mal… É uma questão de tempo para ficar tudo mal. O mental é a parte mais importante de tudo. Como é o que o Ronaldo lida com isto? Ele está naquela forma, mas não é só devido ao trabalho físico. Certamente terá ou teve uma estrutura atrás dele que o encaminha nesse sentido. Não é fácil estar como ele está hoje em dia. Muitos não conseguem estar ao mais alto nível. Ele parece um jovem pelo desempenho que apresenta.
Como está a ser o desafio de ajudar as pessoas que passaram por aquilo que já passou?
Fiz uma carreira toda sem aceder ao meu potencial máximo. Poucas vezes consegui aceder a isso. Sentia que tinha esse talento cá dentro, mas não conseguia retirar o máximo e colocá-lo em campo. Isso deriva das questões mentais. Se a mente não está bem, não vamos conseguir dar o nosso máximo. Quem produz muito em jogo, e se trabalhar a questão mental, ainda vai produzir mais. Há jogadores que estão estáveis, mas que não querem melhorar aquilo que têm. Ficam estagnados. Se realmente conseguirem trabalhar, vão ser muito bons. Foi isso que aconteceu com o Ronaldo. Ele já era muito bom, mas ele trabalhou esse muito bom dele. E continua a trabalhar. Por isso é que se mantém no topo durante muito tempo. E há o inverso.
Há jogadores com muito talento, mas nunca chegam onde podiam chegar. Há jogadores desses que agora jogam nas distritais. Para eles é fácil dizer: ‘Não apostaram em mim. Não tive sorte.’ Isso são desculpas. Se eles quisessem estar lá em cima, eles tinham trabalhado para isso. Eu dou mesmo o meu exemplo. Até certo momento da minha carreira eu pensava assim: ‘Se eu tivesse alguém que me ajudasse; Se tivesse alguma sorte; Se não tivesse tido estas lesões’. Ou seja, se se se… Hoje em dia olho para trás e percebo que é uma questão de mentalidade. Só dependia de mim. As pessoas, tal como eu fiz, tornam-se vítimas delas próprias. É tudo a culpa das outros, mas temos de olhar para nós. Se passamos por vários clubes e estamos a falhar a culpa é dos outros? Não, é nossa! Hoje em dia eu tenho noção que se tivesse alguém que me orientasse nesse sentido, saberia que poderia chegar mais longe. O jogador de hoje tem de pensar assim. É tudo culpa dele, para o bem e para o mal. Tudo depende de cada um de nós e de mais ninguém.
De que forma é que ajuda os jogadores a trabalhar essa parte mental? Quais são as ferramentas utilizadas?
Em primeiro lugar tento estudar a carreira que cada um deles tem. Tento ver os aspetos frágeis mentalmente. Primeiro vou à questão mental. Através da conversa eu consigo saber o que está produzir dentro de campo e de que forma pode produzir mais. Ele até pode produzir muito bem, mas se eu perceber que ele não está estável mentalmente, eu sei que ele pode produzir muito mais. A própria terapia energética ajuda a suportar os medos e a eliminar os bloqueios mentais.
Cada caso é um caso. Mas tenho de estabelecer objetivos para eles. Dentro e fora do futebol. Temos de trabalhar a parte mental. Nesta clínica também se trabalha a questão física, para poder ajudá-los da melhor forma. Eles têm de se tratar como um todo, não como a parte de um todo. Têm de ter uma vida privada boa se querem chegar aos patamares mais elevados. Querem de boca, mas depois muitas vezes não têm a força necessária para o conseguirem. Temos de estabilizar a mente e depois trabalhar o aspeto físico. Um futebolista tem de saber alimentar-se. Infelizmente é uma das coisas que deixam de fora. Eu sei do que falo, também andei lá. Eu tenho conhecimento daquilo que os atletas de alta competição precisam. As questões de respiração também são importantes. A nossa mente tem de estar focada no presente. O futuro não existe. O jogador de futebol está sempre muito ansioso e a pensar no próximo jogo. Ainda não acabaram um jogo e já estão a pensar em poupar-se para o próximo. São tudo questões mentais que têm de ser trabalhadas.
Há jogadores que precisam de ser acompanhados mais de perto e diariamente. Há quem venha só para se estabilizar. E há quem venha só para fazer a terapia energética porque sentem que ajuda a diminuir o stress e ansiedade. Há quem me procure só para fazer isso. Até o próprio Reiki. Eu só trabalho com as pessoas naquilo que me pedem ajudam. Alguns só querem fazer terapia para relaxar e render mais nos jogos. Às vezes até o fazem antes dos jogos. Dois ou três dias antes. Sabem que relaxam e que vão para o jogo mais focados.
Que técnicas é que utiliza?
Um dos muitos benefícios das terapias é acalmar a mente, e assim a ansiedade e o stress diminuem bastante ou desaparecem mesmo. Uma vez percebido todos os fatores vamos começar a trabalhar para melhorar o desempenho e a qualidade de vida. Cada um à sua maneira, nada é linear.
Estes tratamentos consistem através de energia, uma energia transmitida de mim para o paciente. No Reiki é uma terapia mais silenciosa, onde passo a energia à pessoa, tocando-a em vários pontos específicos do corpo através das mãos.
A técnica das Barras de Access consiste no toque em vários pontos na cabeça e no corpo, cada ponto reflete um aspecto da nossa vida, e ao ser tocado a energia começa a fluir de modo a eliminar bloqueios, traumas, medos, e condicionamentos mentais a nível consciente e inconsciente, e também a nível físico. É uma terapia falada enquanto a energia vai atuando pelo corpo e ao mesmo tempo vou-me apercebendo da forma de estar da pessoa, as crenças e os bloqueios que têm e porque os têm. Através da conversa e da energia é possível ir á raiz do problema.
João Martins num duelo com Rúben Amorim, num jogo da I Liga entre Benfica e Penafiel. © Global Imagens
Pode dizer-se que um jogador de futebol está em constante pressão? Por exemplo, recentemente o João Félix apareceu e está nas bocas do mundo…
Sim, muita mesmo. É importante que, no caso dele, trabalhe a questão mental. Ele já está a apresentar dentro de campo o que está a apresentar e o talento está lá. Agora tem de desenvolver esse talento e trabalhar a questão mental, de forma a não entrar por caminhos que o possam atrasar. Se ele já está bem assim, poderá produzir muito mais. Quanto mais jovem, melhor, mais fácil é trabalhar. E depois há a tal questão da estagnação. Um jogador quando sente que já está a ser visto e que está a ser falado, seja ele jovem ou não, pode acabar estagnado e vai cair. Há muitos casos desses. Quando não são mentalmente trabalhados, começam a cair. E depois para se levantarem, é muito difícil. O talento sai naturalmente, a questão mental não. Neste momento, existem muitas distrações. Quem se apega ao ruído fora do futebol perde capacidades dentro de campo.
As pessoas não se conseguem aperceber daquilo que está por detrás de um futebolista que se apresenta em campo. Não se apercebem da parte mental. Um jogador que tiver a moral em baixo, com os índices de confiança em baixo, como vai reagir aos momentos de pressão do jogo? Simplesmente vai estar com o corpo presente, mas a mente vai estar ocupada com coisas que só o vão atrapalhar. Automaticamente vai ter medo de assumir e estar presente no jogo. Ele vai estar a pensar em aspetos negativos, que vai falhar, que não consegue, e é exatamente isso que está a criar na mente que vai acontecer, ou seja as coisas não vão correr bem. Ou mesmo em algumas situações vão ‘inventar’ uma indisposição ou uma lesão. Tudo projeções de uma mente desequilibrada.
Estas terapias deixam os jogadores mais focados, mais presentes no que fazem, tranquilizam-nos e ajudam a ver os problemas de uma outra forma. A mente precisa de ser trabalhada, de ser treinada, de ser educada. Caso contrário, se não a percebermos, vai levar-nos à desgraça e a perder o controlo da nossa profissão e muitas vezes da nossa vida.
Isto aplica-se em todas as áreas?
Sim, claro. Em todas as profissões é assim. Em todo o lado, podemos reparar que quem não estiver com a mente estável não vai produzir de forma eficaz. Agora até há empresas que estimulam essas questões e que concedem um tempo específico para trabalhar a meditação. E depois os resultados também são visíveis no trabalho apresentado.
Ainda assim, sente que este tipo de medicina alternativa ainda é desconhecida do futebol?
Há muitas ferramentas, mas há quem não saiba o que é o Reiki. O que é que se pode complementar com a medicina tradicional. Há pouca informação. Ainda é um assunto pouco explorado. No futebol muito menos. Só recorrem a isto quando estão em casos muito depressivos. Um jogador que toma um comprimido à noite para descontrair e para relaxar os músculos como se vai sentir no dia a seguir para treinar? Além de criar dependência, a longo e curto prazo, vai acabar o futebol com o corpo cheio de químicos com efeitos colaterais. Estas terapias partem de produtos naturais. Não é preciso um químico para fazer alterações na mente.
Sente-se realizado com esta nova profissão?
Sim, neste momento sinto-me completo em tudo aquilo que eu faço. Quando jogava futebol sentia-me feliz, agora sinto-me completo. É diferente. Saber que posso contribuir para o bem estar dos outros e saber que tenho ferramentas para não passarem por aquilo que eu passei faz-me sentir muito bem. É bom ver os jogadores focados e concentrados naquilo que estão a fazer.
Os jogadores já têm uma maior preocupação com esta questão mental?
Sim, sinto que há muita curiosidade. Quanto mais não seja pela forma como eu próprio mudei. Quando era jogador costumava ser muito acelerado, não parava quieto, queria sempre estar a fazer alguma coisa. Hoje em dia não. Domino as questões da mente e antigamente não. Quem tem estes sintomas, já sabe que eu estou neste meio e têm curiosidade.
Existe uma maior procura dos jogadores que estão lesionados?
Uma lesão ou outra acontece. Quando surgem muitas lesões algo está errado. Temos que tratar a causa e não só a lesão. Aconteceu comigo. Eu fui muito feliz no futebol, devo-lhe muito, mas a vida levou-me para outros campos. Quando algo de mal acontecia comigo eu colocava muitas vezes as culpas no ‘outro’. Era mais fácil fugir da responsabilidade, mas isso não nos leva a lado nenhum, só nos faz cair mais. Assumir a responsabilidade é essencial, apenas dessa forma vamos tornar-nos mais fortes.
No caso de uma lesão, as terapias que faço são tão importantes como a parte médica, porque acelera a recuperação e trabalha no desgaste mental, no medo e na falta de confiança que um jogador sente quando regressa á competição. Além de ficarem mais focados na recuperação.
O feedback tem sido positivo? Recentemente o Diogo Viana deu um testemunho sobre o trabalho que desenvolveu consigo…
Sim, o Diogo é um caso que eu acompanho. Trabalhei com ele na altura em que ele teve algumas lesões. Trabalhei com ele as questões mentais e algumas terapias energéticas…. Agora anda aí a voar pelos relvados! (risos) Anda uma gazela autêntica!
É a melhor parte do seu trabalho?
Sim, claro que sim. É ver a evolução que cada um tem. Mas fico ainda mais feliz de ver aquilo que em que eles se tornam for a do campo. Gosto que eles se sintam mais leves, mais felizes e mais equilibrados. Dentro e fora de campo.
Há um João antes e um João depois do futebol?
Sim, completamente. Eu conhecia um João fragmentado enquanto jogava futebol, e agora conheço um João como um todo que domina várias partes do seu ser de forma estável e equilibrada. Essa é a receita do sucesso. Tudo parte da cabeça.
João Martins não esconde a felicidade por ter encontrado algo que o completa.