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Os 4 Princípios Que Vão Transformar a Tua Vida

“As Quatro Verdades” é um livro de D. Miguel Ruiz, que tem transformado a vida de milhares de pessoas em todo o planeta. Lê, reflete e aplica estes ensinamentos altamente poderosos, e a tua vida irá transformar-se radicalmente. Boa Leitura!

A primeira verdade Sê Impecável Com a Tua Palavra

A primeira verdade é o mais importante e também o mais difícil de cumprir. Parece simples, mas é extremamente poderoso. A palavra é o poder que tens em criar. É por meio da palavra que  manifestas tudo. O que sonhas, o que sentes e o que realmente és será manifestado mediante a palavra. A palavra é a mais poderosa ferramenta que possuis como ser humano; é a ferramenta da magia. Porém, como uma espada de dois gumes, a tua palavra pode criar o sonho mais belo ou destruir tudo ao teu redor. Uma das lâminas é o mau uso da palavra, que cria um verdadeiro inferno. A outra lâmina é a impecabilidade da palavra, que apenas cria beleza, amor e o céu na Terra.

Impecabilidade quer dizer “sem pecado”. Um pecado é uma coisa que fazes e que vai contra ti mesmo. Tudo o que sentes, o que acreditas ou dizes contra ti mesmo é um pecado. Vais contra ti mesmo quando te julgas, ou te culpa por alguma coisa. Quando és impecável assumes a responsabilidade pelos teus atos, mas não julgas, nem tampouco te culpas.

Ser impecável com a tua palavra é não a usares contra ti mesmo. Se eu te vir na rua e te chamar de estúpido, parece que estou a usar a palavra contra ti. Na realidade, estou a usar a palavra contra mim mesmo, pois tu vais odiar-me por isso, e o teu ódio não é bom para mim. Portanto, se eu ficar zangado com a minha palavra e mandar todo o veneno emocional para ti, estou a usar a palavra contra mim. Se me amo, irei expressar esse amor na minha interação contigo, e então serei impecável com a palavra, porque aquela ação irá produzir uma reação semelhante. Se eu te amo, então tu irás amar-me. Se eu te insultar, tu irás insultar-me.

Se compreenderes a primeira verdade: Ser impecável com a tua palavra, começas a perceber todas as mudanças que podem acontecer na tua vida. Primeiro, na forma como lidas contigo mesmo, depois na forma como lidas com as outras pessoas, especialmente aquelas que mais amas.

Sempre que escutamos uma opinião e acreditamos nela, fazemos um compromisso que se torna parte do nosso sistema de crenças. A única coisa que pode quebrar uma crença é fazer um novo compromisso. Ser impecável com a própria palavra, este é o primeiro compromisso que deves fazer se quiseres ser livre, se quiseres ser feliz, se quiseres transcender o nível de existência que é o sofrimento. Usa a palavra para espalhar o amor. Diz a ti próprio quão maravilhoso és, como és grande. Diz a ti mesmo como gostas de ti. Usa a palavra para quebrar todos os pequenos compromissos que te fazem sofrer.

A segunda verdade – Não Leves Nada a Peito

O que quer que aconteça contigo, não leves para o lado pessoal. Costumas leva tudo para o lado pessoal porque concordas com o que te estão a dizer. É o que chamamos de importância pessoal. Importância pessoal, ou levar as coisas para o lado pessoal, é a expressão máxima do egoísmo porque cometemos a presunção de achar que é tudo sobre “nós”.

Nada do que os outros fazem é motivado por ti. É por causa deles mesmos. Todas as pessoas vivem no seu próprio sonho, na sua própria mente; estão num mundo completamente diferente do que aquele no qual vivemos. Quando levamos algo para o lado pessoal, presumimos que os outros sabem o que está no nosso mundo e tentamos impor o nosso mundo ao deles. Mesmo quando uma situação parece pessoal, mesmo que os outros te insultem diretamente, não tem nada a ver contigo.

Quando levas as coisas para o lado pessoal, sentes-te ofendido e a tua reação é defender as tuas crenças e criar conflitos. Estás a aceitar o lixo emocional deles, que passa a ser o teu. Se não levares para o lado pessoal, estarás imune. Até a opinião que tens de ti mesmo pode não ser a verdadeira; portanto, não há necessidade de levar para o lado pessoal tudo o que escutas na tua própria mente. Tens o direito de acreditar ou não acreditar nessas vozes e o direito de não levar para o lado pessoal o que elas dizem. Temos a opção de acreditar ou deixar de acreditar nas vozes que escutamos no interior das nossas mentes, assim como temos uma opção ao decidir no que acreditar e concordar.

Aonde quer que vás, encontrarás pessoas a mentir para ti. Quando a tua consciência aumenta, vais reparar que também mentes para ti mesmo. Não esperes que as pessoas te digam a verdade, porque também mentem para elas mesmas. Precisas de confiar em ti mesmo e escolher acreditar ou não no que alguém te diz. Quando realmente observamos outras pessoas como elas são, sem levar nada para o lado pessoal nunca poderemos ser feridos por aquilo que os outros digam ou façam.

O que quer que penses, e o que quer que sintas, sei que é problema teu, e não meu. É a forma como vês o mundo. Não se trata de nada pessoal, pois estás a lidar contigo mesmo, não comigo. Os outros vão ter outra opinião, de acordo com seu sistema de crenças; portanto, nada do que pensam sobre mim corresponde a mim, mas a eles.

Podes dizer-me: “o que estás a dizer magoa-me”. Mas não é o que estou a dizer que te está a magoar, apenas toquei numa ferida reprimida tua. Estás a magoar-te a ti mesmo. Não existe forma de eu levar para o lado pessoal. Não é porque eu não acredito em ti ou não confie em ti, mas porque sei que vejo o mundo com olhos diferentes, os meus olhos.

A forma como vês o mundo é resultado dos compromissos que firmaste com a vida. O teu ponto de vista é estritamente pessoal. Não é a verdade de ninguém, e sim a tua. Então, se ficares chateado comigo, estás a lidar contigo mesmo. Sou uma desculpa para te irritares. E ficas chateado porque estás a lidar com o medo. Se não estás com medo, não existe motivo para te irritares comigo. Se não tens medo, não há motivo para me odiar. Se não tens medo, não há motivo para sentires ciúmes ou tristeza. Se vives sem medo, se amas, não existe lugar para essas emoções. Se não sentires nenhuma dessas emoções, é lógico que te sintas bem. Quando te sentes bem, tudo ao teu redor está bem. Quando tudo ao teu redor está bem, qualquer coisa te faz feliz.

Quando adquires um hábito forte de não levar as coisas a peito evitas muitos aborrecimentos na tua vida. A tua raiva, inveja e ciúme irão desaparecer, e até mesmo a tristeza irá dissolver-se quando aprenderes a não levar as coisas para o lado pessoal. Se mantiveres esse compromisso, podes viajar à volta do mundo com o coração completamente aberto e ninguém será capaz de te fazer mal. Podes dizer “eu amo-te” sem medo de ser ridículo ou rejeitado. Aprende a pedir o que precisas. Podes dizer sim ou não, qualquer que seja a tua escolha, sem culpa ou autojulgamento. Escreve o compromisso num papel e coloca na tua casa para te lembrares o tempo todo: Não leves nada a peito.

A terceira verdade – Não Tires Conclusões Precipitadas

Nós temos a tendência para tirar conclusões sobre tudo. O problema com as conclusões é que acreditamos que elas são verdadeiras. Poderíamos jurar que são reais. Tiramos conclusões sobre o que os outros estão a fazer e a pensar, levamos para o lado pessoal, então culpamos as pessoas e reagimos enviando veneno emocional com a nossa palavra. Por isso sempre que fazemos presunções estamos a arranjar problemas. Tiramos uma conclusão e entendemos errado, levamos isso para o lado pessoal e acabamos por criar um grande drama do nada. Toda a tristeza e o drama que passaste na tua vida foram causados por tirares conclusões e levar as coisas para o lado pessoal. Pára um instante para examinar essa afirmação. Toda a teia do controlo entre seres humanos é sobre tirar conclusões e levar as coisas para o lado pessoal. Todo o nosso sonho de sofrimento é baseado nisso.

Como ficamos com medo de pedir esclarecimentos, tiramos conclusões e acreditamos estar certos sobre essas conclusões, depois defendemos as nossas conclusões e tentamos tornar o ponto de vista da outra pessoa errado. É sempre melhor fazer perguntas do que tirar conclusões, porque as conclusões predispõem-nos ao sofrimento. A grande revolta na mente humana cria o caos, faz com que interpretemos o mal em tudo de forma errada. Apenas vemos o que queremos ver e ouvimos o que queremos ouvir.

Em qualquer tipo de relacionamento podemos presumir que os outros sabem o que pensamos e que não precisamos dizer o que queremos. Eles farão o que quisermos porque conhecem-nos muito bem. Se não fizerem o que desejamos, quando presumimos que fariam isso, sentimo-nos magoados e pensamos: “Como é que podes fazer isso comigo? Devias saber…” Mais uma vez presumimos que o outro deveria saber o que nós queremos. Todo o drama é criado porque tiramos uma conclusão e em seguida tiramos novas conclusões sobre a primeira.

É interessante observar como a mente humana trabalha. Temos a necessidade de justificar tudo, de explicar e compreender tudo para sentir segurança. Temos milhões de perguntas que precisam de respostas porque existe muitas coisas que a mente racional não consegue explicar. Se os outros nos contam algo, tiramos conclusões, se não nos contam, também tiramos para preencher a nossa necessidade de saber e suprir a necessidade de comunicação. Mesmo que escutemos alguma coisa e não compreendamos, tiramos conclusões sobre o significado e depois acreditamos nelas. Tiramos todas essas conclusões porque não temos a coragem de fazer perguntas. Essas conclusões são rápidas e inconscientes porque na maior parte do tempo mantemos compromissos nesse sentido. Concordamos conosco que não é seguro fazer perguntas, concordamos em que se as pessoas nos amam, devem saber exatamente o que desejamos e como nos sentimos. Quando acreditamos em algo, presumimos que estamos certos sobre aquilo, até o ponto em que destruiremos relacionamentos para defender as nossas posições.

Presumimos que todos vemos a vida da mesma forma que nós. Presumimos que os outros pensam e sentem da mesma forma que nós, julgam como nós julgamos e sofrem como nós sofremos. Essa é a maior presunção que o ser humano pode ter. Por isso, temos medo de ser nós mesmos na presença dos outros. Porque achamos que todos estarão a julgar, a vitimizar, a fazerem-nos sofrer e a culpar, como fazemos a nós mesmos. Portanto, antes que os outros tenham uma chance de nos rejeitar, nós já nos rejeitamos. É assim que funciona a mente humana. Também tiramos conclusões sobre nós mesmos, e com isso criamos um bocado de conflito interior. Tu estimas-te ou subestimas-te porque não resolveste parar e formular perguntas a ti mesmo, para depois respondê-las.

A forma de evitar tirar conclusões é fazer perguntas. Se não compreendes, pergunta. Tem a coragem de perguntar até que as coisas fiquem tão claras quanto possível, e mesmo assim, nunca imagines que sabes tudo o que há para saber numa determinada situação. Uma vez ouvida a resposta, não terás de tirar conclusões, porque saberá a verdade.

A quarta verdade – Dá Sempre o Teu Melhor

Existe apenas mais um compromisso, é o que permite que os outros três se tomem hábitos profundamente enraizados. A quarta verdade refere-se à ação dos outros três: Dá sempre o teu melhor. Sob qualquer circunstância, faz sempre o melhor possível, nem mais nem menos. Porém, tem em mente que o teu “melhor” nunca será o mesmo de um instante para o outro. Tudo está vivo e a mudar o tempo todo, portanto, fazer o melhor algumas vezes pode produzir alta qualidade e outras vezes não.

Simplesmente, dá o melhor de ti, em qualquer circunstância da tua vida. Não importa se estás doente ou cansado, se deres sempre o melhor de ti, não haverá forma de te julgares, e se não se julgas, não há forma de ficar sujeito à culpa, ao arrependimento e à autopunição. Se agires apenas pelo prazer de agir, sem esperar recompensa, vais descobrir que gostas de todas as tuas ações. As recompensas virão, mas não estará ligado à recompensa. Se gostamos do que fazemos e se fizermos sempre o nosso melhor, então estamos realmente a apreciar a vida. Estamos a divertir-nos sem sentir tédio e sem acumular frustrações.

Quando fazes o melhor que podes, aprendes a aceitar-te, mas é preciso estar atento e aprender com os erros. Aprender com os erros significa praticar, observar com honestidade os resultados e continuar a praticar. Isso aumenta a tua consciência. Na verdade, fazer o melhor não dá trabalho, porque gostas do que quer que faças. Sabes que estás a fazer o melhor possível quando estás a apreciar a ação ou a realizá-la de uma forma que não te provoque reações negativas. Dá o melhor de ti porque tens vontade, não porque precises, nem porque estejas a tentar agradar a nada nem ninguém.

Agir é viver plenamente. Não agir é a forma de negar a vida. Agir significa expressar quem é. Podes ter muitas ideias na cabeça, mas o que faz toda diferença é a ação. Sem a ação depois de uma ideia não existe manifestação, nem resultados ou recompensas.

Não precisamos saber ou provar coisa alguma. Simplesmente ser, assumir o risco e apreciar a vida é tudo o que importa. Diz “não” quando tiveres de dizer “não”, e “sim” quando tiveres de dizer “sim.” Tem o direito de ser quem és, e só podes ser quem és quando deres o melhor de ti. Quando não dás o melhor de ti, estás a negar o direito de ser quem és. Essa é uma semente que deve alimentar na tua mente. Não precisas de grande sabedoria nem de grandes conceitos filosóficos. Não precisas da aceitação dos outros. Expressa a tua divindade estando vivo e amando a ti mesmo e aos outros.

Não esperes ser sempre impecável com as tuas palavras. Os teus hábitos rotineiros são fortes e enraizados demais na tua mente, mas podes fazer sempre o melhor para cada situação. Não esperes que nunca vás levar nada para o lado pessoal, faz o melhor possível. Não esperes que vás parar de tirar conclusões, mas com certeza podes fazer o teu melhor.

Dando o melhor de ti, os hábitos de usar errado a palavra, de levar as coisas para o lado pessoal e de tirar conclusões precipitadas irão tornar-se cada vez mais fracos e menos frequentes.

Não precisas de te julgares, de te sentires culpado ou castigar-te se não conseguires manter os compromissos. Se estiveres a fazer o melhor possível, irás sentir-te bem contigo mesmo, ainda que tires conclusões, que leves as coisas a peito, e que não sejas impecável com tua palavra.

Se deres sempre o teu melhor, uma vez a seguir à outra, irás tornar-te num mestre da transformação. A prática faz o mestre. Fazendo o melhor, irás tornar-te um mestre. Tudo o que já aprendeste, foi através da repetição. Aprendeste a escrever, a conduzir e até mesmo a andar por repetição. És um mestre em utilizar a tua linguagem porque a praticaste. A ação faz a diferença.